sábado, 20 de dezembro de 2008

A todos um bom Chanoookah.




Título: ANTOLOGIA DO HUMOR PORTUGUÊS MAS SÓ O QUE SAIU EM LIVRO E MESMO ASSIM HÁ UNS QUE, SE CALHAR, NÃO DEVIAM AQUI ESTAR E OUTROS QUE NÃO ESTÃO E DEVIAM ESTAR. É COMO EM TUDO.
1969 - 2009 MAIS OU MENOS ASSIM. ENFIM, 18 DE ABRIL DE 2008, ATÉ À HORA DE ALMOÇO O MAIS TARDAR.
Organização: Nuno Artur Silva e Inês Fonseca Santos.

"Jorge Luís Borges dizia que «o humorismo é [...] um género oral, um êxito súbito em conversa, não algo que se possa escrever». E pareceu-nos ser esta a frase ideal para iniciar a introdução de uma antologia de humor escrito" Nuno Artur Silva.

Lançamento da Antologia do Humor Português, na Casa Fernando Pessoa:



E agora, só para dizer que já li até à página 44:

QUE VERGONHA, RAPAZES

Que vergonha, rapazes! Nós pràqui,
caídos na cerveja ou no uísque,
a enrolar a conversa no «diz que»
e a desnalgar a fêmea («Vist'? Viii!»).

Que miséria, meus filhos! Tão sem jeito
é esta videirunha à portuguesa,
que às vezes me soergo no meu leito
e vejo entrar quarta invasão francesa.

Desejo recalcado, com certeza...
Mas logo desço à rua, encontro o Roque
(«O Roque abre-lhe a porta, nunca toque!»)
e desabafo: - Ó Roque, com franqueza:

Você nunca quis ver outros países?
- Bem queria, Snr. O'Neill! E... as varizes?

in "De Ombro na Ombreira" (1969), de Alexandre O'Neill.

Este livro é especialmente aconselhado àqueles meninos que ficaram por perceber a piada do Camões sobre o Cesariny e o Pessoa.

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